13 de abril de 2012

Crescimento sem educação, é possível?

Uma empresa em constante crescimento precisa investir na educação (do empreendedor e dos funcionários!).

Um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento de um país é a educação. Mesmo se tomarmos os últimos 50 anos como referência, não há casos de desenvolvimento sustentado de países sem um grande investimento em educação. A recuperação de países que passaram por crises agudas só foi possível com o governo suportando uma forte decisão de mudar a base educacional da população.
No caso do Brasil, parece que estamos apostando em um desenvolvimento nacional sem investimentos sérios em educação. Se lograrmos, será o primeiro caso na história do
mundo. É bem verdade que nas últimas décadas o Brasil popularizou a educação, proporcionando acesso ao ensino superior a muitos jovens que no passado não teriam a mesma facilidade. Mesmo que a qualidade deste ensino expandido tenha os seus críticos, não há como negar a contribuição que esta mudança trouxe ao país.
A outra mudança importante, que também tem seus críticos, é o EAD – Ensino à Distância. O acesso proporcionado por este canal às pessoas em locais remotos é um grande avanço. O número de alunos matriculados no EAD indica-nos quantas pessoas ficariam sem acesso a determinados estágios de educação se esta solução não houvesse sido disponibilizada. Se ainda a qualidade deste tipo de ensino gera algumas dúvidas, o aproveitamento que os alunos presenciais tem nas escolas e nas universidades é igualmente questionável.
Esta função do estado tem uma importância capital para os negócios e para os empreendedores. Criar empresas e negócios requer talentos que contribuam na fase do start-up e que continuem o seu desenvolvimento para seguir contribuindo para o crescimento rápido da empresa. Nem sempre as empresas oferecem apoio aos profissionais jovens para se desenvolverem. No entanto, espera-se que estes propiciem uma elevada capacidade competitiva à empresa.
Uma start-up pode nascer de uma boa ideia ou de uma inovação importante para o mercado. Na medida em que a empresa passa a estruturar-se de maneira mais completa, os talentos necessários em todas áreas passam a ser mais numerosos. O cuidado com o fator humano é que proporcionará capacidade competitiva e sustentabilidade econômica da empresa. Já se comentou que o Recurso Humano é o único recurso que pode gerar resultados superiores ao planejado.
Para empresas ainda na fase inicial de atividades, que são os primeiros anos de vida no mercado, recomenda-se incentivar os seus funcionários-chaves através de treinamentos técnicos e comerciais diretamente associados com a atividade fim da empresa ou à função exercida. Isto melhorará a capacidade competitiva necessária nesta fase.
De fato, na medida em que a empresa se torna mais madura e maior, o que determina a competitividade é a alta performance em todos processos. Os produtos e as tecnologias deixam de ser únicas ou exclusivas, exigindo da empresa a busca de competitividade em outros fatores. O fator mais importante para melhor compreender as necessidades dos clientes, buscar soluções mais eficientes, manter relações duradouras, estabelecer uma relação de confiança e promover a marca da empresa é o fator humano.
Para empresas no estágio intermediário, recomenda-se treinamentos que tenham como foco principal o aprimoramento dos processos, para melhorar a organização da empresa no seu dia-a-dia e para capacitar os funcionários a lidarem com atividades complexas e combinadas. O alvo devem ser funcionários em função de liderança.
O diferencial competitivo de uma empresa madura esta nos seus Recursos Humanos. As empresas que buscam crescimento sustentado, independentes do seu tamanho, devem ter um olhar crítico e uma visão de longo prazo sobre a educação continuada da sua equipe. Da mesma forma, o empreendedor deve buscar constante aprimoramento através da educação continuada para desenvolver a sua capacidade de lidar com a complexidade do próximo estágio de crescimento da sua empresa.
Na fase em que as empresas já atuam a nível nacional ou internacional, além de propiciar uma formação mais elevada para os gestores, o empreendedor deve cuidar especialmente do seu aprimoramento, focalizando a visão sistêmica do negócio. 





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