Recentemente tirei de minha prateleira uma obra milenar que se chama "A Arte da Guerra", de Sun Tzu. Este livro traz para nós alguns pontos interessantes na qual a sua narrativa se desenvolve. Mas você pode me perguntar o que essa obra tem em comum com as empresas e o mundo dos negócios? Tudo! O livro tem como tema principal o mundo da guerra na antiga China, e hoje, possui total afinidade com o século XXI e as organizações modernas que constantemente buscam novos mercados, ou seja, novos clientes.
O processo de globalização trouxe ao mundo três situações na qual destaco: a internacionalização da economia, queda dos limites territoriais e a expansão da internet. Tais fatores deixaram o mundo dos negócios mais dinâmico e competitivo, o que obriga os gestores, executivos, donos de negócios, diretores e empreendedores, a reestruturar constantemente o modo de pensar e agir. Embora grande parte do mundo esteja em paz, livre de guerras com armas bélicas, não podemos negar a existência de outras, como, por exemplo, as guerras comerciais, guerras cambiais, guerras políticas, além das guerras empresariais, sendo esta última o foco deste post.
Em meio a este clima de "guerra" na qual todas as empresas estão inseridas, destaco um trecho da narrativa de Sun Tzu, que diz:
“A arte da guerra implica cinco fatores principais, que devem ser o objeto de nossa contínua meditação e de todo o nosso cuidado, como fazem os grandes artistas ao iniciarem uma obra-prima. Eles têm sempre em mente o objetivo a que visam, e aproveitam tudo o que vêem e ouvem, esforçando-se para adquirir novos conhecimentos e todos os subsídios que possam conduzi-los ao êxito.”
Verifica-se aqui a existência de uma percepção bastante aguçada por parte de quem deseja alcançar certos objetivos. Isso faz toda a diferença para as organizações!
Verifica-se aqui a existência de uma percepção bastante aguçada por parte de quem deseja alcançar certos objetivos. Isso faz toda a diferença para as organizações!
Logo em seguida, enfatiza que para se conquistar a glória e o sucesso deve-se dar ênfase aos cinco fatores chaves: a doutrina, o tempo, o espaço, o comando e a disciplina.
- Doutrina: está ligada a uma unidade de pensamento, uma maneira de viver. Nas empresas isso se refere a missão que a tal possui, ou seja, ser fiel e inquebrantável no que tange a sua existência. Toda doutrina possui normas e valores e isso necessita ser percebido por todos aqueles que interagem com a organização - sócios, gestores, funcionários, fornecedores e clientes.
- Tempo: relaciona ao princípio yin e yang. Vamos traduzi-los para as palavras "positivo" e "negativo", respectivamente. É o que chamamos de extremos que se complementam. Tempos de bonança e escassez, crises e oportunidades, características positivas e negativas. Tudo isso as empresas convivem quse que diariamente.
- Espaço: refere-se a ambiente (interno e externo) e suas características, tendo em vista tudo o que ele proporciona às organizações. Tempo e espaço necessitam ser analisados juntos!
- Comando: é o amor pelos subordinados e pela humanidade em geral. Equidade neste ponto é fundamental, verficando qualidades positivas e negativas das pessoas em todos os processos da organização. Mesmo com as mais diversas tecnologias existentes isso se torna importante porque o sucesso e as mudanças sempre passarão pelas mãos do ser humano.
- Disciplina: Os termos abordados aqui são a liderança, hierarquia e deveres dos colaboradores, ou seja, o líder precisa liderar a invés de comandar.
Muitas pessoas possuem certo preconceito quanto ao livro quando verificam seu título “A arte da Guerra”. De fato, é forte. Mas seu conteúdo possui verdades que se praticadas, atuam para o desenvolvimento humano e empresarial. O autor mostra claramente como um líder e as empresas devem se comportar diante das "guerras" e dos problemas; enfatiza ainda que “É melhor ganhar a guerra antes mesmo de desembainhar a espada” e mostra as atitudes que um líder deve evitar - a precipitação, a hesitação, a irascibilidade (disposição para se irritar), a preocupação com as aparências e a excessiva complacência (tolerância).
A lição que o livro deixa aos leitores é: "a primeira batalha é contra nós mesmos". E de fato é! Sempre foi e será.
"Conhece teu inimigo e conhece-te a ti mesmo; se tiveres cem combates a travar, cem vezes serás vitorioso.
Se ignoras teu inimigo e conheces a ti mesmo, tuas chances de perder e de ganhar serão idênticas.
Se ignoras ao mesmo tempo teu inimigo e a ti mesmo, só contarás teus combates por tuas derrotas." Sun Tzu
Abraços e até a próxima!
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