Não é raro encontrarmos com
pessoas que não conseguem se familiarizar com os números dentro e fora das
empresas. Diga-se de passagem... até mesmo seus proprietários desconhecem
algumas técnicas que poderiam e podem minimizar perdas e proporcionar
lucratividade ao negócio.
Diante desta “dificuldade”
com o mundo dos números, me surgiu fortemente o interesse em desenvolver um
conjunto de termas voltados especialmente para a área financeira.
Penso que os empreendedores
e donos de seu negócio precisam estar antenados e buscar informações em várias
áreas da ciências, mas destaco apenas três. Distintas, mas altamente complementares,
garantindo dados e informações para os tomadores de decisões das organizações -
Entenda-se “dados” como um “conteúdo bruto” e “informação” como conteúdo trabalhado,
lapidado e bastante específico. São eles: A Administração de Empresas, a
Contabilidade e a Economia.
A Administração estuda as
empresas como um todo, seus processos, seus recursos, etc. Já a contabilidade,
também estuda as empresas, mas precisamente a mutação de seu patrimônio. E por
fim, a Economia estuda o processo de produção, distribuição e circulação de
bens e serviços, ou seja, a movimentação da riqueza.
O que elas têm em comum? Elas
estudam intrinsecamente o capital, o dinheiro, as finanças. Todo planejamento
financeiro que um dia você já fez ou irá fazer, levou e levará em consideração
informações destas três áreas. Fato. Basicamente a Administração financeira estuda as seguites situações: análise, planejamento e controle financeiro, decisões de investimentos e financiamentos; e dentro deles também possuem seus desdobramentos.
Passada a introdução, começo
com um ditado popular bastante conhecido que diz: “o olho do dono é que engorda
o gado”. E este mesmo olho, que engorda a empresa com todo cuidado possível, a desnutri.
Percebe-se que grande parte dos donos ou sócios de um negócio tem como
principal e às vezes como único objetivo, “engordar” a sua conta bancária.
Claro que isto não está
errado, afinal, eles assumiram um grande risco abrindo seus negócios... o
problema está em como isso está sendo feito. Digo desse modo porque o
proprietário poderia ter investido em outras opções de investimentos, como: CDB’s,
ações, fundos de investimentos, depósito em poupança, dentre outras. Lembrando
que as empresa, além de trazer retornos aos seus proprietários, também possui caráter
socioeconômico (geração de empregos, produção de bens e serviços,
desenvolvimento local, etc).
Se você é dono de um
negócio, saiba que és um investido. E de risco altíssimo. Um mau gerenciamento
empresarial poderá acarretar a sua perda. A falência. Os responsáveis pela área
financeira – os gerentes, também precisam ter uma mente de investidor, pois ele
está ali justamente para maximizar o valor da empresa. Gitman (2004, p.13) diz
que “o objetivo da empresa e (...) de todos os seus administradores e
funcionários é maximizar a riqueza de seus proprietários (...). Isso nos mostra
que é de responsabilidade de todos os envolvidos gerar retornos financeiros à
organização! Todos tem a sua parcela e precisam estar cientes desta tarefa.
Quando observamos empresas
de sociedade anônima (S/A), é fácil apontar a sua valorização. É só olhar o
valor de suas ações; se ao longo do tempo elas ganham valor, logo, a empresa aumenta
de valor. Já as empresas de caráter limitada (Ltda), é o capital social –
dinheiro investido pelos sócios – que precisa aumentar o seu valor.
Outro conceito que podemos
citar é o do Wernke (2008, p. 4). Ele diz que a Administração Financeira é “(...)
um conjunto de métodos e técnicas utilizados para gerenciar os recursos
financeiros da entidade, objetivando a maximização do retorno do capital
investido (...)”. Reforçando o parágrafo acima.
Sem dinheiro não podemos
fazer muita coisa... daí a importância de tê-lo em “rédeas curtas”, gerenciando
tal recurso, usando e investido de forma consciente e racional.
Paulatinamente, abordarei temas
que envolvem o cotidiano dos negócios. Deixo aqui a minha responsabilidade de
tratar sobre “ponto de equilíbrio” no próximo post. Ok?
Abraços!
Fontes:
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira.
10ª ed. São Paulo: Pearson
Addison Wesley, 2004.
HOJI, Masakazu. Administração Financeira e Orçamentária. 7ª ed. São
Paulo, 2008.
WERNKE, Rodney. Gestão
Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro, 2008.
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