Mudança é assunto mais que recorrente aqui neste espaço. Estamos
passando por um período semelhante ao ocorrido quando da revolução
industrial, mas com mais impactos na economia, no trabalho e na
sociedade. Toda essa mudança é potencializada pelo crescimento e
evolução da internet, mas a internet em si não poderia fazer toda essa
transformação somente por existir. São as pessoas que a utilizam que
mexem com a configuração de forças existentes no mundo.
As pessoas sempre se rebelaram contra o poder institucionalizado por
meio de sindicatos ou de associações de moradores por exemplo, mas o
equilíbrio delicado entre as economias de escala proporcionadas pelas
grandes empresas e organizações criadas pelas pessoas mudou graças ao
surgimento e à disseminação das tecnologias sociais.
Nesse sentido, relaciono abaixo o que considero serem as grandes
forças que estão transformando a economia, o trabalho e a sociedade:
- A confiança em empresas está decaindo: Segundo o MIT (Massachusetts Institute of Technology), apenas 14% das pessoas acreditam em propaganda veiculada na mídia tradicional (jornais, TV e rádio). As demais pessoas (86%) acreditam mais nas opiniões veiculadas em mídias sociais como blogs, Facebook e Twitter. Estudo da Mckinsey mostra que 62% da população adulta em 20 países confiavam menos em empresas em dezembro de 2008 do que no ano anterior;
- Transformação dos 4”P”s em 4 “E”s do marketing: No lugar de preço, produto, praça e promoção, agora temos respectivamente troca (exchange), experiência, engajamento e onipresença (everyplace);
- Transferência do poder das instituições para as pessoas: As tecnologias que mais beneficiam as empresas não costumam pegar, mas aquelas que beneficiam as pessoas, sim. O Facebook, por exemplo, deu às pessoas o poder de se conectarem sem ter a supervisão de uma corporação e a Wikipedia permitiu que as pessoas criem conteúdo sem a necessidade da aprovação de um expert;
- Migração de uma economia de massa para uma economia de nicho: Os custos de atingir nichos estão caindo drasticamente, fundamentalmente em empresas que oferecem serviços, cada vez mais realizados de forma digital;
- Economia de abundância: Vivemos cada vez mais em uma economia de abundância ao invés de escassez. Os recursos de produção são cada vez mais baratos devido à migração de um mercado que oferecia produtos e que agora oferece serviços;
- Crescimento da demanda por sustentabilidade: É preciso encarar sustentabilidade não só como uma agenda ambiental. É preciso perceber o aumento de pessoas doentes por conta do trabalho, o aumento do stress e a disseminação da intolerância, custos intangíveis que as pessoas pagam por um modelo de capitalismo que já se esgotou.
O mundo mudou. E a sua empresa? Com todas essas transformações no
mercado, não faz o menor sentido continuar com o mesmo pensamento.
Repensar modelos de negócio e gestão é mais do que necessário – é uma
questão de sobrevivência.
Fonte:Marcelão - Blog HSM
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